sexta-feira, 31 de maio de 2013

Meninos


Meninos jogando bilboqué,
Belmiro de Almeida (Brasil, 1858-1935)
Museu de Arte de São Paulo


Eu conheço dois meninos
que em tudo são diferentes.
Se um diz: “Dói-me o nariz!”
o outro diz: “Ai, meus dentes!”

Se um quer brincar em casa,
o outro foge para o monte;
e se este a casa regressa,
já o outro foi para a fonte.

É difícil conviver
com tanta contradição.
Quando um diz: “Oh, que calor! ”,
“Que frio!” - diz o irmão.

Mas quando a noitinha chega
com suas doces passadas,
pedem à mãe que lhes conte
histórias de Bruxas e Fadas.


E quando o sono esvoaça
por sobre o dia acabado,
dizem “Boa noite, mãe!”
e adormecem lado a lado.

Os dois irmãos, Maria Alberta Menéres 

Paula Rego

Paula Figueroa Rego nasceu a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa e está radicada em Inglaterra. É uma pintora portuguesa muito conhecida.



“As criadas” – 1987



“As Vivian Girls como moinhos de vento” - 1984


Júlio Pomar

É um pintor português e pertence à 3`.ª geração de pintores modernistas portugueses.





“ O banho turco” -  1971



“O almoço do trolha” – 1946

Júlio Resende

Júlio Martins da Silva Resende, foi um artista português e nasceu no Porto a 23 de outubro de 1917. 

http://www.lugardodesenho.org/002.aspx?dqa=0:0:0:29:8:20;8:-1:0:0




“Ribeira negra” - 1984

Almada Negreiros

Foi um escritor e artista plástico.
 http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/Almada.htm

                                           Retrato de Fernando Pessoa – 1954



Duplo retrato - 1934

quarta-feira, 29 de maio de 2013

As cores do Inverno

 Todas as estações do ano têm cores.







Primavera






Neste entardecer tão belo...
Entre todas as flores...
Existe uma rosa amarela...
Que vem ressurgindo...
Com a primavera...

Trazendo consigo...
Seu delicado perfume...
Assim como esperanças...
E oportunidades...
Para novas amizades...

A primavera é tão bela...
Porque traz com ela...
Todas as flores e aromas...
Revitalizando a inquietude...
De todos os corações...

As rosas colorem o amor ...
As vermelhas exalam paixão...
As amarelas trazem magia e a sedução...
As brancas com sua brandura...

Trazem paz para os corações...

Inverno




Este é o inverno

Um frio de leve
vem pra ficar.
A brisa suave
faz a árvore balançar.
O vento sopra
assobiando.
O céu escuro
vai ficando.
As nuvens passam
de mansinho.
A chuva chega
devagarinho.
As pessoas correm
abrindo guarda-chuvas.
Vi um homem de casaco
e uma mulher de luvas.
É esse o inverno
sorrateiro.
Vem chegando
e nem avisa primeiro.

Clarice Pacheco




terça-feira, 28 de maio de 2013

LITERATURA ORAL E TRADICIONAL

  A literatura oral transmitiu-se de povo para povo, de geração em geração, por todos os países. De origem mais ou menos remota, de autores anónimos, estes enunciados registam-se na memória dos povos e fazem parte do conjunto das tradições, usos e costumes populares de um país.

As lendas também fazem parte desta literatura. 


As quadras populares


Quem não se lembra da história da Carochinha?


domingo, 26 de maio de 2013




"Metade da minha alma é feita de maresia" 
Sophia de Mello Breyner Andreson 


sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Principezinho


outono

“Canção de Outono”


A minha mãe diz sempre que foi por causa do Outono.
Que é sempre assim, quando a areia, o sol, o azul do mar e do céu ficam apenas na nossa memória.
Que as pessoas suportam mal o cheiro a naftalina das camisolas e dos casacos que tiram dos armários, fechados durante tanto tempo. Começam a espirrar, têm alergias e prometem mais uma vez lembrar-se com antecedência que os têm de tirar mais cedo para arejarem.
Então, diz a minha mãe, as pessoas ficam mesmo sem paciência. E gritam. E respondem torto. E têm saudades dos amigos que fizeram e que desapareceram.
E habituam-se mal aos espaços estreitos, aos horários, ao trânsito das ruas, ao telemóvel sempre a tocar uma melodia insuportável mas que têm preguiça de mudar. E – repete muitas vezes a minha mãe – às vezes dizem coisas que não querem. Como se as palavras estivessem cansadas de estar presas e desatinassem boca fora.
E nunca se pode culpar ninguém.
É o Outono, diz a minha mãe.
Alice Vieira 



O espantalho


Firmino, o espantalho

Ano após ano chegavam bandos de pássaros de muito longe, mas com nenhum conseguiu fazer amizade. Mal o viam lá de cima mudavam de rota. Firmino ainda se tentou embelezar. Encheu de lindas papoilas vermelhas o grande chapéu preto, sujo e esburacado. Mas nem assim conseguiu melhores resultados.
Que podia ele fazer numa situação daquelas? Fugir? Deixar de ser espantalho? Explicar aos pássaros que não queria nem podia fazer-lhes mal? Foram ideias que teve, mas nenhuma podia tornar-se realidade, porque cada vez se sentia mais enterrado no chão mole da seara, incapaz de se mexer, de fazer um gesto sequer.
Ia já adiantada a primavera, quando viu desenhar-se no grande céu azul um bando de pássaros coloridos. Foi então que tudo se tornou cinzento e frio e abril, de súbito, se transformou num dezembro de tempestade.
Era a primeira vez que via uma coisa assim. Empurrados pela forte ventania, os pássaros afastaram-se da rota e foram cada um para seu lado, muito aflitos. Alguns caíram exaustos no meio da seara.
Só lhes restava um caminho e foi esse precisamente que escolheram: num esforço final juntaram-se todos e poisaram no chapéu e nos braços de Firmino que, feliz, os protegeu para evitar que fossem arrastados pela tempestade. Enfiou uns debaixo do casaco, outros debaixo do chapéu, outros ainda dentro das mangas largas e cheias de palha macia. Quando o temporal amainou, os pássaros agradeceram-lhe e prepararam-se para seguir de novo a sua rota. A rota tranquila da primavera.
“Levem-me convosco. Porque eu gosto muito de pássaros e estou farto de ser espantalho” – pediu Firmino, cheio de timidez.
Ainda não tinha acabado de falar e já os pássaros o elevavam no ar, a grande altura. Tão alto que nunca mais ninguém o viu.
E agora, sempre que chega o mês de abril e as árvores se cobrem de folhas muito verdes e os campos de erva fresca e macia, Firmino voa alegre sobre as searas, suspenso nos bicos dos seus maiores amigos.
José Jorge Letria, Histórias do Arco-Íris

  
1. Se na zona onde moras há campos, talvez saibas que os espantalhos são colocados nos quintais e nas searas para enganar os pássaros. A ideia é levá-los a pensar que os espantalhos são pessoas e que elas lhes podem fazer mal.
1.1. Explica a razão pela qual o Firmino não conseguia fazer amizade com os pássaros, como tanto desejava.
1.2. Firmino não desistiu. O que fez ele para ver se conseguia atrair os pássaros?

2. “Ia já adiantada a primavera.”
2.1. O que aconteceu, de repente?
3.2. Os pássaros ficaram muito aflitos. Porquê?
3.3. Onde procuraram abrigo?



sábado, 11 de maio de 2013

Ficha diagnóstica


Deixa a tua imaginação voar por entre o som e as palavras desta música, deixa sair através da tua mão a imagem com a qual te identificas.
Pega no teu lápis e desenha.


Aprender...

"Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar"
Esopo

Cor


Utiliza os conhecimentos que adquiriste nas aulas sobre as cores, pinta o desenho com cores quentes. 

A cor

A cor é importante na aprendizagem das Artes.

A fábula




A fábula é uma narrativa alegórica em forma de prosa ou verso. As personagens são geralmente animais com características humanas, falam e o desenlace reflete uma lição de moral, característica essencial da fábula. A temática é variada e inclui tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.
http://escolovar.org/fabula_1pagina_cigarra.formiga.htm


O que é uma biografia?



Biografia é a história escrita da  vida de uma determinada pessoa. É uma palavra  com origem etimológica nos termos gregos bios, que significa "vida" e graphein, que significa "escrever".
Consiste na narração da história de vida de uma pessoa ou de uma personagem, geralmente na terceira pessoa. A sua estrutura básica inclui uma apresentação inicial do protagonista (introdução), a descrição dos principais fatos que compõem a história (desenvolvimento) e uma parte final de caráter subjetivo (conclusão).

Maria Alberta Menéres 

Maria Alberta Meneres, de seu nome completo Maria Alberta Rovisco Garcia Meneres de Melo e Castro nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do ensino secundário e colaborou em diversas publicações nomeadamente Távola Redonda, Diário de Notícias, Cadernos do Meio-Dia e Diário Popular, tendo neste último sido responsável, durante dois anos, pela secção Iniciação Literária.
A sua primeira obra data de 1952 e intitula-se Intervalo, tendo sido premiada, em 1960, com o seu livro Água-Memória, no Concurso Internacional de Poesia Giacomo Leopardi.
Maria Alberta Meneres tem dedicado grande parte da sua obra à literatura infantil e juvenil e produziu nesta área programas de televisão, sendo em 1975 sido nomeada chefe do departamento de programas infantis e juvenis da RTP.
Ao longo da sua carreira tem recebido inúmeros prémios nomeadamente o Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1981. Em colaboração com Ernesto de Melo e Castro, organizou, em 1979, uma Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa.
Obras da autora
Ficção
O Poeta Faz-se aos 10 Anos, 1973
A Chave Verde e os Meus Irmãos, 1977
Hoje há Palhaços , 1977
Primeira Aventura no País do João, 1977
Poesia
Antologia da Poesia Portuguesa (1940-1977)
Intervalo, 1952
Cântico de Barro, 1954
A Palavra Imperceptível, 1955
Oração de Páscoa, 1958
Água - Memória, 1960
A Pegada do Yeti, 1962
Poemas Escolhidos, 1962
Os Mosquitos de Suburna, 1967
Conversas em Versos , 1968
Figuras, Figuronas, 1969
Lengalenga do Vento , 1976
Um + Um = Dois Amigos, 1976
E Pronto, 1977
O Robot Sensível, 1978
Semana Sim Semana Não, 1978
Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, 1982


Ulisses

Ulisses foi um herói grego cujas aventuras foram contadas por Maria Alberta Menéres.
Ulisses


Língua Portuguesa
Saber Mais

Como fazer um cartaz


O cartaz é um meio de comunicação mista no qual as palavras e imagens pretendem transmitir uma mensagem
É preciso definir o que se quer fazer
·        Escolher o tema – cada cartaz terá um tema diferente
·        O slogan – a mensagem deve ser curta e apelativa
·        A imagem – é o mais importante na transmissão da mensagem, deve ser sugestiva e com cores apelativas.
Regras:
1º - Dividir o espaço útil do papel em três zonas. A colocação dos elementos (slogan, imagem e texto) deve ser feita de modo a proporcionar um equilíbrio com mais movimento (dinâmico) ou com menos movimento (estático) conforme o teu objetivo.
2º O tamanho das letras deve diminuir, consoante é título, texto ou legenda.
3º O texto deve ter frases curtas e letras bem legíveis.
4º As imagens devem ter legendas.
5º Os espaços vazios são importantes. São eles que vão fazer sobressair a ilustração e a mensagem do cartaz.
6º O espaço ocupado pelo texto deve ser menor do que o espaço ocupado pela imagem.
7º O texto pode ser feito à mão, com letras recortadas de jornais e revistas, com letras autocolantes, com moldes de letras, etc.
8º Podes destacar palavras ou frases, recorrendo a diferentes estilos, tamanhos ou cores. A sua cor deverá contrastar com a cor do fundo para que as palavras sejam bem legíveis.
Adaptado de "Que fazer na biblioteca da escola", DAPP/ME



quarta-feira, 8 de maio de 2013

FOTOS MÓDULO PADRÃO 






MÉTODOS PARA OBTER PADRÕES 

A partir de um mesmo módulo podemos obter vários padrões, através de diferentes organizações e composições. Os vários processos para obter um padrão são:
  

Considera este módulo como exemplo








TRANSLAÇÂO/REPETIÇÂO

Quando repetes o módulo ao longo de toda a grelha de base mantendo sempre a mesma posição.





ROTAÇÃO

Quando fazes rodar o módulo em torno de um ponto da grelha, preenchendo assim a totalidade da grelha.




SIMETRIA
Quando repetes o módulo, pelo efeito de espelho em todos os eixos da grelha.






ASSIMETRIA
Quando repetes o módulo ao acaso sobre a grelha.